sexta-feira, 24 de junho de 2016

GUAPIAÇU - UMA VIAGEM AO ÂMAGO DAS REMINISCÊNCIAS

VISITA A COLETIVO GUAPIAÇU


Guapiaçu é nome que vem da língua indígena Tupi e significa Guapira Grande, ou seja, um grande vale. É um distrito de Cachoeiras de Macacu, cidade do interior fluminense que dista mais ou menos 97Km da capital Rio de Janeiro.

É um lugar bucólico e convidativo a voltarmo-nos às nossas reminiscências. Chegando lá, verificaremos que muitos de nós há muito não respiramos um ar tão puro, não vemos águas límpidas, ou mesmo, uma vegetação tão exuberante.
Encanta-nos tamanha beleza singular !




E, falando em reminiscências, vamos encontrando, assim que apeamos do automóvel, uma figura singular. Alguém com uma nobreza em seu sorriso e na maneira de nos receber. A sua humildade é peculiar. Os braços bem abertos, também no sentido literal dos gestos, porém além disso, já traduzido em seu olhar. Esse alguém é o Victor.
E com todo esse élan ele vai nos apresentando sua empresa, seus veículos ...

Não avistei todos os carros da COLETIVO GUAPIAÇU, mas os que vi, já me deixaram embasbacado !
Carros antigos e bem cuidados. Se estamos falando numa viagem ao meio de nossas lembranças mais remotas, os veículos e a paisagem nos dão o passaporte.







Victor nos fala dos problemas que enfrenta na gestão da empresa, mostrando que mesmo numa empresa pequena do interior do estado, os problemas se repetem idênticos aos que as empresas da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro sofrem. A Coletivo Guapiaçu foi fundada em 1966 e atualmente possui 4 veículos.










E o momento tão aguardado chega : Conhecer o famoso Ciferal Urbano 1976, carinhosamente chamado por nós de Leme.
Eu realmente fui ao âmago de minhas reminiscência. De repente, me vi com 14 anos de idade e com aqueles meus sonhos tão despretensiosos.
Acho que quase chorei. Fernando Ezidio e Alexandre Bernardes, dois grandes amigos que me trouxeram gentilmente a este paraíso, se viram em mim.
Relataram que tiveram reações bem parecidas. Tem gente que vive procurando o paraíso, mas ele está logo ali diante de nossos olhos, e muitas das vezes não o notamos.
O Paraíso é uma locação mental, aliada às entrelinhas que podemos captar.
Chegou a hora do almoço ...





Uma ponte sobre um rio de águas tão límpidas e que nos emociona, nos leva até o restaurante local.
Pausa para refeição e uma boa resenha sobre busologia, sonhos, nossas vidas...
Há espaço para piadas, uma olhada no zap, postagem do que estávamos vivenciando...
Mal sabia o que me aguardava após a refeição ...




Na sede da empresa, Victor me presenteia com aquilo que eu nunca poderia imaginar :
Um passeio no Ciferal " Leme ".
Então, fomos para a estrada ...








Bem, todos estávamos extasiados ao fim do belo passeio. Andar num Ciferal anos 70, para quem já passou da meia idade, representa VIDA no amplo sentido das idéias.
Talvez precisássemos de um beliscão para nos certificarmos de que estávamos bem acordados.
Relíquia guardada na garagem, tomamos o Torino rumo à rodoviária de Cachoeiras de Macacu.
Chegamos já era noite. Ensaiamos várias vezes a nossa despedida, ou melhor, o nosso até breve.
O mesmo sorriso singelo e caloroso aperto de mão, nos ofereceu a hospitalidade do retorno.
Agradeço ao Victor, agradeço aos portadores Ezidio e Bernardes, agradeço a vida, agradeço a Deus.
Que todos os busólogos, simpatizantes, colecionadores e afins, tenham essa mesma oportunidade.

TEXTO : EDVALDO GONÇALVES


VICTOR E SEU PAI


terça-feira, 7 de junho de 2016